Você já se perguntou sobre a origem de certas “tribos urbanas” como por exemplo o grupo social dos punks? é um movimento cultural e ideológico que visa a transformação na sociedade que busca justiça através de sua contra-cultura que nega todo o lixo cultural que é imposto pela burguesia.
Com o índice do desemprego em alta na Inglaterra no fim da década de 70, muitos jovens da classe média e baixa começaram a se revoltar contra o sistema da coroa britânica expondo isso no seu modo de vestir, pensar e se expressar.
A moda junto à música é o aspecto cultural mais característico e evidente do punk. O termo moda, no entanto, não é bem aceito pela maioria deles e influenciados pela cultura punk pois é entendido estritamente como modismo, aceitação social, comércio e/ou mera aparência. Costuma-se empregar o termo estilo, com o significado de roupa como afirmação pessoal (apesar deste também ser um dos significados da palavra moda), ou mais comumente o termo visual, utilizado em quase toda a cultura alternativa brasileira, não somente no meio punk.
Este estilo pode ser reconhecido pela combinação de alguns elementos considerados típicos como alfinetes, patches, lenços à mostra no bolso traseiro da calça, calças jeans rasgadas, calças pretas justas, jaquetas de couro com rebites e mensagens inscritas nas costas, coturnos, brincos, tênis converse, correntes, corte de cabelo moicano, colorido ou espetado… lápis ou sombra no olho, sendo esta combinação aleatória ou de acordo com combinações comuns à certos sub-gêneros punk, ou ainda o reconhecimento pode ser pelo uso de uma aparência que seja desleixada, artesanalmente adaptada.
A moda punk, em sua maioria, é contrastante com a moda atual e por vezes apresenta elementos contestadores ou ofensivos aos valores aceitos pela sociedade – no entanto um número considerável de punks e alguns sub-gêneros apresentam uma aparência menos chamativa (por exemplo o estilo tradicional hardcore). Há também indivíduos intimamente ligados a esta cultura que não têm nenhum interesse de ter uma aparência punk, em geral motivados pelas diversas críticas que a moda desta “tribo” recebeu durante sua história.
O punk teve seu primeiro estilo próprio difundido com a estilista Vivienne Westwood, dona da loja de roupas Sex que abasteceu as primeiras bandas punks na Inglaterra. Suas roupas se caracterizavam pelo uso de slogans no estilo situacionista, símbolos políticos antagônicos, obscenidade, peças baseadas em roupas obscuras como camisas de forças e parafernália a partir daí a criação individual se torna a marca registrada dos punks, transformando-se mais em uma questão de estilo do que moda no sentido popular do termo. Uma das principais fontes de inspiração foi o pioneiro norte-americano Richard Hell, famoso por cortar o próprio cabelo e adaptar, de forma artesanal camisetas. Era comum nesta fase um corte bem curto de cabelo, tanto para mulheres quanto para homens, numa inclinação à androginia em ambos os e utilização de elementos de várias modas juvenis de outras décadas, como o Mod e Teddy Boy, além de elementos kitsch como suéteres multicolores, boinas, bandanas, estampas falsas de pele de animal. O alfinete, utilizado como piercing, a meia arrastão, o prendedor de patches ou aleatoriamente sobre a roupa, se tornou um dos símbolos característicos do punk.
Entretanto, engana-se quem alega que esse pessoal seja agressivo pelo modo como se vestem e se expressam, na intimidade são carinhosos, fazem manifestos contra desmatamentos, as letras de suas músicas quando não se rebelam contra a política ou economia falam de amor e principalmente fazem tudo que estão ao alcance deles, afinal seu lema é: faça você mesmo, sacou?