Vestidos de noiva minimalistas são tendência em casamentos
O look bridal simplificado (e não menos elegante) conquistou de Solange Knowles à princesa Victoria, da Suécia
Num momento de limpeza no altar, o estilo sem excessos de grifes como Céline e Stella McCartney inspira agora noivas que querem fugir do lugar comum. Depois de anos de reinado absoluto de bordados e rendas, é a vez dos tecidos lisos e jacquards desfilarem até em grandes festas e não só nas cerimônias civis, como acontecia até pouco tempo.
Sem o artifício de brilhos e outros materiais exuberantes, o foco se volta para a complexidade da modelagem, que deve ser impecável por vezes, escultural. A nobreza do tecido tem um grande papel nessa equação: entre os prediletos das noivas estão zibelines, cetins, tafetás e organzas – tudo sempre 100% de seda para obter o melhor caimento. E, como bem resumiu o lendário Hubert de Givenchy, fazer um vestido completamente simples é a chave para a alta-costura.
Se as noivas clássicas têm Grace Kelly como musa absoluta, o equivalente das minimalistas é Carolyn Bessette-Kennedy, a mulher de John-John Kennedy, que morreu ao lado do marido em 1999, num acidente de avião. Com sua camisola de cetim com corte em viés, assinada por Narciso Rodriguez, ela influenciou uma legião de noivas em meados dos anos 90. E como na moda tudo é cíclico, o less voltou a ser more e nenhuma outra década resume tão bem esse estilo.
Como uma princesa contemporânea, Nell Diamond, filha do banqueiro americano Bob Diamond, protagonizou um dos casamentos mais extraordinários do ano passado, em Antibes, no sul da França. A saia ultravolumosa e de cauda quilométrica conferiu o toque dramático ao modelo tomara-que-caia feito de tafetá, em plena sintonia com seu make leve. Detalhe: o vestido, criado pelo estilista Olivier Theyskens, foi enviado de Paris em um caminhão-container e teve um quarto do Hotel du Cap Eden Roc reservado só para ele.
Numa versão bem mais arrojada, Solange Knowles também fez um belofashion statement no dia do sim com seu vestido-capa branco desenhado por Humberto Leon, diretor criativo da Kenzo e da Opening Ceremony modelo similar ao que surgiu na White Collection de Valentino. Recortes estratégicos e silhuetas arquitetônicas também têm sido uma constante nas últimas coleções de Vera Wang. (CONSTANCE ZAHN)