O Sesc São Paulo promoveu no dia 24 de abril, domingo, às 20h00, nas dependências Parque da Independência, o desfile da coleção outono-inverno do estilista brasileiro Fause Haten. Concebido dentro da série de performances “Lili Marlene – um risco”, que integra a programação da mostra “#ForadaModa – uma exposição em construção”, o “Desfile Marlene” trouxe 20 “looks” originais, sendo 12 masculinos e 8 femininos, todos apresentados por bonecos criados à moda da atriz alemã Marlene Dietrich e manipulados ao vivo por atores. O desfile integra a programação paralela da SPFW N41.
“Depois do meu desfile de marionetes de 2013, fiquei sonhando com marionetes em tamanho natural. Nessa nova fase do meu trabalho, estou distanciado da rapidez do mundo do fast fashion, do marketing das grandes marcas, por isso minhas roupas são desfiladas sem etiqueta e são comercializadas de modo pessoal, sem intermediações”, declara o estilista que, junto com a equipe do Sesc São Paulo, assina a curadoria da mostra que reúne artistas e performers que criam intersecções entre moda e arte em seus trabalhos e segue em cartaz no Sesc Ipiranga até o final do mês de outubro.
Apresentando roupas que não saem de uma linha de produção, feitas uma a uma, Fause não aposta em tendência, forma, paleta de cores e tampouco em propostas de tecidos, criando jaquetas, calças e vestidos únicos, alguns feitos a partir de outras roupas. “Sou aquilo que um dia se chamou de alta costura, que, por um tempo se resumiu apenas a roupas de festa, mas hoje invade as ruas para atender um público que busca exclusividade e singularidade”, declara o estilista que começou carreira com a marca Der Haten, passou pela Fause Haten, hoje vendida, e atualmente produz numa fábrica de 1000 m2 no bairro do paulistano do Belém.
O “Desfile Marlene” não é moda, mas está à venda e pode ser vestido, não é teatro, mas pode ser assistido e não é obra, mas pode ser contemplado, aposta Fause. Tem coreografia de Katia Barros, iluminação de Caetano Vilela, direção de arte de Simone Mina e música de Gregory Slivar. É a primeira das performances da série “Lili Marlene – um risco”, que integra sua instalação “A Fábrica do Dr. F”.