A edição de julho da revista Poder traz um ensaio com Diogo Nogueira. Filho do compositor e mestre João Nogueira, o sambista revela que só descobriu a música depois da adolescência. Antes disso, pensava em ser jogador de futebol, mas o esporte virou diversão, desde que rompeu o ligamento cruzado do joelho direito há 10 anos. Na época, estava prestes a assinar seu primeiro contrato profissional, como atacante do Cruzeiro de Porto Alegre, time gaúcho, no qual disputaria a segunda divisão estadual. Hoje Nogueira bate bola, quando pode, no time de Guinga e Chico Buarque, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.
Na matéria de Roberto Almeida, o cantor relembra o início da carreira, quando se apresentou ao lado de Alcione, em um show da cantora, no Teatro Rival, no centro do Rio. A Alcione me anunciou e eu tremi. Minha mãe me empurrava: Vai moleque!. E eu fui, assim foi, e cantamos Poder da Criação, clássico de meu pai, lembra.
À Poder, o sambista diz ter certeza de sua atual profissão, tanto que tatuou o trecho da música Poder da Criação, no braço esquerdo. Apadrinhado pelos grandes nomes do samba, Diogo Nogueira não demorou a explodir. Cantou no DVD de Beth Carvalho e ascendeu. Emplacou quatro vezes seguidas o samba-enredo de sua escola, a Portela. Também ganhou o prêmio de melhor disco de samba de 2010 no Grammy Latino. Vim para somar, nesse espaço que o samba me deu, diz.
Fotos: André Schiliró