Ocimar Versolato, que morreu na sexta-feira (8), em São Paulo, devido a um acidente vascular cerebral, experimentou o ápice na carreira: foi o estilista de uma grande casa de moda parisiense, a Lanvin. Mas a parceria terminou em frustração.
Mesmo assim, a visibilidade internacional conquistada na década de 1990 o colocou em patamar superior ao ocupado pela maioria dos designers brasileiros.

Versolato, saído de São Bernardo do Campo, cidade industrial do ABC paulista, atingiu tamanha badalação em seu auge que mereceu capas de Caras tipo de futilidade tão desejada quanto desprezada no mundinho fashion.
Assediado por celebridades, vestiu Tônia Carrero, Naomi Campbell, Ney Matogrosso, Luiza Brunet, Betty Lago, Edson Cordeiro e Sonia Braga, para quem criou o figurino de Tieta no filme homônimo de Cacá Diegues, em 1996.
Para ele, desfilaram as tops Gisele Bündchen, Fernanda Tavares, Shirley Mallmann, Silvia Pintor, Karen Mulder e a atriz sueca Emma Sjöberg.
Adepto do hollywoodianismo, criava vestidos para divas: brilho, volume, decote, dramaticidade, volúpia. O meu trabalho é realizar o sonho das pessoas, disse em entrevista no Roda Viva, da TV Cultura, há 22 anos.