MODA X ROCK MODA e ROCK sempre andaram juntos…e hoje, dia 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock e o portal mostra pra você como surgiu essa tendência que está sempre presente nas coleções e passarelas do mundo! Todo interligado como uma rede de metrô que ninguém planejou, o rock n roll cruza estilos e ritmos. Em cada estação, guitarras e baterias contam a história do menino rebelde, mestiço, filho ilegítimo de uma vertente musical afro-americana (rhythm n blues) e um gênero de tradições européias (country). Contraditório desde o início, ele surge num país e numa época marcados pela segregação racial. Seu ponto de partida também é polêmico: há quem defenda Rocket 88, gravado em 1951 por Jackie Brenston; outros preferem Shake, Rattle and Roll, registrado em 1954 pelo negro Big Joe Turner e pelo branco Bill Halley. O rock talvez seja o mais mutante dos gêneros. Graças a sua capacidade de absorver e recombinar influências, ele segue surpreendendo. O mais legal é transitar pelas vertentes desse submundo, da rebeldia adolescente às melodias eletrônicas. |
Uma marca que tem apostado nesse público é a Voodoo Doll, grife do Rio de Janeiro, comandada pelo casal Ana Bandarra e Edu Vilamaior. Eles não costumam acompanhar o trabalho de grandes estilistas e constroem uma moda mais vintage, pesquisando em antigas revistas de moda dos anos 40 e 50, com grande inspiração também nas roupas usadas em filmes dessa época. Podemos dizer que nossas marcas só existem por causa do estilo de música que curtimos. Nossas roupas e acessórios são feitos totalmente inspirados nos ícones e na cultura do rock´n´ roll, sobretudo do rockabilly e do psychobilly, enfatiza Ana. As pin ups clássicas, de artistas das décadas de 30, 40 e 50, como Gil Elvgreen, Peter Driben, George Petty e o peruano Alberto Vargas, entre outros, aparecem nas criações da marca. |
|
ROCK CHIC
ANOS 70: O visual começa pelo cabelo comprido e espichado, que já exibiu obrigatórias mechas louríssimas, mas hoje é o quase-castanho da moda. Depois vem a calça justa, jeans ou branca. Salto alto é compulsório. Mariana Penteado, responsável pelas compras das marcas brasileiras vendidas na loja, é uma dessas referências uma top-dasluzete, como se diz. As roupas são importantes Gucci, Chanel , mas usadas com descontração estudada. “Uso quase sempre jeans, com uma parte de cima mais arrumada. Acho importante balancear”, diz Mariana. NA VIDA, COMO NO PALCO
Os elementos do visual rock são os vistos em shows desde sempre: muito preto, camiseta, tênis All Star, jeans estragado… Onde encontrar tudo isso? Na Galeria do Rock, claro, o reduto oficial dos roqueiros no centro de São Paulo. Por ali circulam os personagens do gênero, em busca de novidades ou para trocar uma idéia. “Ultimamente tenho me interessado pelo estilo dos anos 70”, diz o roqueiro Zeh, 25, que toca com duas bandas, Cobras Malditas e Orquestra Jupiteriana. “Nos shows e no dia-a-dia, o que importa para mim é o conforto”, diz o guitarrista e baterista. A tendência mais recente do grupo roqueiro são as roupas de brechó, as camisetas estampadas ou coloridas, com aspecto envelhecido. DA PRAIA PARA A CALÇADA
Localizada na virada de Ipanema para Copacabana, no Posto 6, a Galeria River sempre foi freqüentada pelos garotos espertos do Rio de Janeiro, mas lá agora passeiam com freqüência produtores de moda e stylists, em busca de itens que façam a passagem do esportivo para o fashion. É que o mundo do surfe transcendeu os limites das ondas e da areia e invadiu o prêtporter, com tudo o que lhe é característico: os recortes, as cores, a tecnologia nos materiais (que não retêm calor e secam rápido). Com adaptações, claro, promovidas principalmente pela entrada de garotas nesse clube do Bolinha no lugar dos tradicionais tribais em preto-e-branco, por exemplo, usam-se o pink e o laranja. “Adoro cores fortes”, diz Marta Luciene, dona de uma loja de beachwear no Arpoador, adepta da bermudona, camiseta e sandália alta e que sempre corta a perna dos jeans e a gola das blusas. CRIAR PARA SER NOTADO
Em meados dos anos 90, bandos de garotos de periferia que adoravam tecno invadiram os clubes dos Jardins e do centro de São Paulo. Ganharam um rótulo cybermanos e impuseram um estilo: cabelo endurecido e (mal) tingido à moda punk, saia, coturno, acessórios malucos. Sempre que possível, dão uma passadinha na Galeria Ouro Fino, onde podem conferir as últimas da moda clubber-raver aquela em que o importante, acima de tudo, é chamar atenção. “Eu me visto conforme a situação e a reação que quero causar nas pessoas”, diz Jota Jota Davies, 30, host de noites underground, que começou cybermano mas emergiu desse universo para se tornar uma das pessoas com o visual mais criativo de toda a cena eletrônica na cidade. “Quando não tenho inspiração certa, olho para meus macacões e para meus chapéus, que coleciono desde a infância”, diz Jota. GRAFITE E ATITUDE
Streetwear é, literalmente, a moda que vem das ruas. Mais que isso, porém, streetwear é uma linguagem que tem no conforto e na atitude seus principais fundamentos. Proporções largas, camisetonas, acessórios a rodo. Ou melhor: à vera, como eles dizem. A linguagem vem do hip hop, estilo musical que se tornou uma das mais influentes correntes da moda. A expressão visual dessa estética é o grafite, que tem tudo a ver com o aspecto urbano. Caminhe pela Vila Madalena, em São Paulo, a qualquer hora do dia e da noite, e esse desfile estará lá, em meio a lojinhas descoladas, galerias e zilhões de bares e restaurantezinhos, entre chopes e muita conversa. Detalhe: tudo parecendo normal, sem nenhum planejamento. “Jamais fico preso a regras. Minha única regra pessoal é usar poucas cores. Gosto de preto, branco e cinza”, diz Guigo, 30, promoter de algumas das noites de black music mais disputadas da cidade. A RUA DAS BEM-ARRUMADAS
A Rua Oscar Freire e adjacências são o principal símbolo da elegância paulistana despojada mas ligada no fashion e bem-cuidada. No alto dessa passarela reinam soberanas as vendedoras das lojas da região, sempre antenadas e produzidas. “Minhas cores preferidas são vermelho, preto e amarelo”, diz Alethea, 25, que trabalha na Doc Dog, núcleo fashion responsável por difundir entre um público mais endinheirado itens chiques do mundo clubber e vertentes como o boudoir (elementos femininos), o glam (o glamour do strass e das plumas) e o fetiche (vinil e linguagem vinda do universo sadomasoquista). “Gosto de roupas alternativas, mas não gosto de montação fake”, avisa Alethea, num recado à moça que se arruma toda para fazer de conta que está displicentemente fazendo umas comprinhas por lá. |
|
|
TATOO |
Já pensou se tivesse iniciado lá… |